sexta-feira, 19 de junho de 2009

Obama, the Fly Killer!

O actual presidente dos Estados Unidos da América, a pessoa conhecida mais poderosa do mundo, a mais conhecida, porque a mais poderosa, obviamente, sou eu. Para além de fantástico orador, líder inato e apreciador de inúmeras marcas portuguesas, como o cão-de-água português, revelou agora qualidades como assassino de moscas.

Estas qualidades, preciosas para qualquer líder foram definitivamente dominadas por este senhor. Não pensei que eu sou contra Barack Obama, bem pelo contrário, sou um profundo admirador do homem, que tem ideais e modos de actuar diferentes de todos os outros líderes mundiais, ideais esses que andam a ser muito precisos na nossa sociedade. É um orador definitivamente fenomenal e, não interessa se por acaso não for ele a fazer os discursos, se, por acaso não for ele, penso que os dirigentes portugueses deviam pedir-lhe o número dele, porque, definitivamente, os subordinados deles não têm jeitinho nenhum para a coisa.

Daí o facto de eu pensar, cada vez mais, que os líderes são formados e, daí eu dizer que o Obama é a pessoa conhecida mais forte do mundo: uma pessoa que jogava basket e que se drogava, tendo, na altura os ideais, incutidos pelo avô e pela mãe, alterou o seu rumo de vida e treinou-se na arte de falar, dado que tirou o seu curso numa das mais brilhantes universidades do país e treinou-se também, na sua casa, na arte de matar moscas; comparado comigo, o Obama é um menino. Quando eu era pequeno era especialista na arte de matar, não só moscas, como mosquitos e especialmente formigas! Eu era um verdadeiro especialista, cheguei a matar colónias inteiras de formigas, um verdadeiro Apartheid, por isso já só me faltam os ideais e a arte de bem falar, mas também ainda agora entrei na faculdade, o assassino de moscas só as desenvolveu também na universidade.
Mas não se preocupem, eu não quero ser a pessoa conhecida mais forte do mundo, não gosto de atenções, provavelmente vou ser o chefe de uma organização criminosa ultra-secreta em que os membros não se conhecem uns aos outros, muito menos vocês, por isso, quando andarem pela rua tenham cuidado e olhem sempre por cima do ombro, nunca sabe o que vos pode acontecer.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Europeias 2009

Chegámos ao fim de mais umas eleições no nosso país, as primeiras para mim. E o país vive uma falta de seriedade incrível, como de costume. Não que se andem para aí a rir a bandeiras despregadas, mas continuam nos mesmos jogos de pseudo-ilusionismo que só não vê quem quer.
As eleições eram europeias; pois bem, quais foram os assuntos europeus que se discutiram nesta campanha? O persistente insistir na má escolha dos investimentos públicos, o habitual caso freeport, o novo insistir nos maus planos para conter a crise em Portugal. Não interessa quem tem razão, se a oposição se o partido do Governo. Estas eleições deveriam ser sobre o nosso futuro na Europa, não sobre o nosso futuro em Portugal. Não sou nenhum especialista político, bem longe disso, sou apenas um cidadão desconhecedor de muita coisa deste nosso país e deste nosso mundo, mas que vive intrigado com o estado da política no nosso país, que é, a cada dia que passa, mais degradante.
Se a campanha foi penosa, a pós-campanha foi ridícula:
- Qualquer partido da oposição tomou como elação principal a retirar das eleições o enorme cartão amarelo, vermelho, verde tinto ou o que quer que seja, que a população portuguesa mostrou ao governo. Há que lembrar algumas pessoas que ainda falta algum tempo para as legislativas. É verdade que pode haver pessoas que votem, estando aí ideologicamente erradas, contra o governo, mas não podemos pensar assim, porque, se por acaso assim for, que é o que eu temo, não é só a nossa camada política que vive tempos degradantes.
- Tivemos uma excelente campanha do PSD que apostou bastante forte nestas eleições com um bom candidato e uma ou outra boas ideias (penso que a única que vi foi a de criar um programa semelhante ao Erasmus para o primeiro emprego, ideia que não sei se é de todo realizável) e, penso eu, uma tentativa furada do PS em ganhar votos numa esquerda mais radical, mais à esquerda, por assim dizer, com um candidato ex-comunista. Os partidos mais à esquerda tiveram boas prestações comparadas com as eleições anteriores e muito se deve, provavelmente ao facto de haver muito poucas pessoas neste país que gostem do afável Vital Moreira, o que, de facto, não é o meu caso.
- Houve também, por fim, mais dois aspectos que penso que são de salientar, um bom e um mau; primeiro os elevadíssimos e, infelizmente, crescentes, em comparação com as anteriores eleições europeias, níveis de abstenção que se verificaram, o que demonstra, mais uma vez, o descrédito que a sociedade portuguesa tem pela política em Portugal; e, também, a grande subida dos votos brancos, facto que tentaram passar despercebido, ou mal entendido. As pessoas dever-se-iam lembrar que, para mudarem alguma coisa, se não gostam dos políticos que as querem representar, que a sua maior arma é, não a abstenção, mas o voto em branco. O voto em branco significa que as coisas no geral não estão bem e que precisam de uma grande lavagem. Eu? Votei em branco, como pelos vistos, mais, provavelmente, 10% dos votantes. A campanha foi medíocre, ninguém informa dos projectos para a Europa e tomam apenas estas eleições como um aquecimento para as próximas o que é, no mínimo, desprezível. Mas toda a gente tenta esconder o número crescente dos votos em branco, tentando, quiçá, fazer pensar com que eles não existem, porque, até no site da união europeia para estas eleições, os votos em branco são incluidos com os dos partidos que não tiveram número de votantes significativo.
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Por isso, penso eu, há coisas que estão muito mal e que têm de mudar, o único problema é que não há quem as mude e há quem queira que elas não mudem. Enfim, como diria o professor Paulo Saraiva, de Cálculo I e II: "Deixa-se o desenvolvimento deste exercício (de consciência e de elações a tirar) a cargo do leitor".
Saudações europeias,
O Magnífico.

sábado, 6 de junho de 2009

Conversas de Elevador

Existe uma coisa que eu adoro, as conversas de elevadores. São pura e simplesmente fantásticas. Variam desde o famoso tema do tempo, desde o mau vizinho que está sempre a fazer barulho, à estúpida da vizinha que está sempre a largar água da varanda dela e a molhar a nossa roupa, ou mesmo de como vai a família, cuja resposta é, invariavelmente, "Vai bem...".
Existem também aquelas boas conversas embaraçadas, que ocorrem principalmente quando vão dois amigos no elevador e o elevador, abre-se a meio de uma frase mais constrangedora, e entra um vizinho, podendo ou não continuar-se a conversa dependendo do tema ou mesmo mudar o rumo para disfarçar o que foi dito e tentar fazer o outro pensar que só havia imaginado ouvir aquilo que realmente foi dito.
Porém, o mais comum é a tradicional conversa muda: entra-se no elevador, olha-se para cima quando o vizinho está a olhar para baixo e olha-se para baixo quando o vizinho passa a olhar para cima, como uma dupla de supervisores contra um qualquer crime que possa decorrer de imediato dentro daquele elevador. Sinceramente dá-me uma enorme vontade de rir quando isto acontece, dado o absurdo da situação; as pessoas são cada vez mais individualistas, fecham-se cada vez mais em casa, perdendo a capacidade de falar com os vizinhos, ao contrário do que era antigamente, quando os vizinhos, nos bairros, eram todos conhecidos, todos sabiam da vida uns dos outros, etc etc. No entanto, é importante realçar que, "felizmente", existe mais conversa entre vizinhos, para além da conversa de elevador, existe uma boa conversa entre vizinhos que, por enquanto, não tem grande diversidade, variando entre "Baixe o volume da música ou eu chamo a polícia!" e "A porcaria do seu despertador acorda-me todos os dias de manhã!".

A constrangedora situação de quando duas pessoas que se desconhecem ficam sozinhas porque os elos de ligação foram fazer outra coisa qualquer ou conversar com outras pessoas fica para outro dia.


CONFRATERNIZEM COM OS VOSSOS VIZINHOS !