quinta-feira, 2 de abril de 2009

Odie, Omer e Yoco

Andava eu a descobrir lixo no meu computador, quando, por acaso, não sei vindo de onde, encontro um texto por aqui, um texto que foi quase um mito nas eleições para a AE, no nosso 12º ano. x]
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E mais uma vez chegamos a fim de uma semana de campanha.

Apesar de aluno de ideias independentes, no início desta campanha, ao longo desta fui formando a minha opinião e escolhi um grupo que ostentou uma atitude mais que correcta durante toda ela, porque, admitamos, é durante esta semana que uma lista reflecte a imagem do que será durante o resto do ano, se for eleita. Penso que nesta semana houve acções de uma lista que não se ouve, de uma letra que não se lê, com erros ortográficos e semânticos gritantes. Num dos cartazes dessa mesma lista, estava escrito “O H não se lê mas Ora de mudar não faz sentido”. Ora bem, eu penso que é hora de mudar, não sei se me entendem, mas para melhor. Noutro estava ainda escrito “Um dia os alunos ajudar-se-ão”, que, não sei se alguém já reparou, mas os alunos já se ajudam a si próprios, o que era preciso era, isso sim, uma maior entreajuda entre os alunos, penso eu. Deixo também referência a uma fraquíssima expressão de campanha “Hrra-te a nós” (dados confirmados pela 7ª Edição do dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, indicam que não há nenhum verbo “hrrar”) e que, por tamanha humilhação e vergonha que seria comentar esta expressão, não o farei. Mas, como os valores não se vêem através das palavras, mas através de actos e, se é para falar em projectos, eu quero dizer que um dia vou ter uma associação de estudantes, não que me represente (pois isso já é feito), mas que me represente bem. No debate da escola, no qual eu participei, mas não houve tempo para eu poder intervir, foi dito que um dos objectivos era procurar formar uma maior união entre os alunos. Não sei se foi com esse propósito ou não, mas penso que é relevante (caso seja do desconhecimento de alguns membros da escola) salientar que a união tem limites, pois os alunos do 7º e do 10º anos, pelo menos, não podem ingerir bebidas com teor alcoólico. Ouvi que uma lista tinha já um acordo com uma estação de rádio para quando esta fosse implementada na escola, porém penso, que seria do interesse comum a realização de um inquérito para determinar os gostos gerais dos alunos e apenas depois proceder a uma escolha, pois se é para haver uma rádio da qual ninguém goste, mais vale não haver rádio. Foi também referido que tinha que se olhar para o futuro com muitos projectos, porque a escola ia ser remodelada daí a dois anos (pensava eu que estava a votar para uma lista de um ano).

A partir de certo momento desta campanha, quando as minhas ideias começaram a ficar menos enevoadas, comecei de facto a sentir alguma simpatia por uma das listas (já todos devem ter percebido qual, como é obvio) fiquei no entanto reticente, pois foi-me dito que eram um grupo de amigos sem projectos. No entanto, como aluno interessado que estava tentei novamente esclarecer-me e, de facto, fui perfeitamente elucidado sobre o assunto: eram um grupo de amigos? Sim, eram-no de facto; mas porque não um grupo de amigos, com interesses diferentes, porém unidos sobre um mesmo ideal e que saibam que juntos farão uma maior diferença? Que tentem protagonizar uma nova e real vaga de mudança? Foi por tudo isto, e por saber que a terceira lista não tinha objectivos sérios, que optei por uma delas e não por outra, foi por isso que desprezei uma lista que não se ouve, de uma letra que não se lê. Enfim, Horrível. Quero ter uma associação de estudantes que prime pela Originalidade, mas também pela competência, uma associação em que eu tenha Orgulho em ser representado. Assim, tomada a minha decisão, reservei para mim o direito de manifestar a minha opinião, direito ainda permitido a qualquer aluno da nossa escola e, por isso, aqui estou a redigir este manifesto.

Assim, é por todas as razões que aqui foram ditas e outras que me terão eventualmente escapado, que o digo: vamos lutar por algo melhor, pois Hoje NÃO é o dia, É O dia ."

4 comentários:

  1. Tás a ficar um bocado socretino, Magnífico :P (ui, eu sei que é um insulto enorme o que te fiz, mas não o leves a peito: estamos entre amigos né?;P)

    Como é que eu hei-de explicar o que achei... Comecemos pelas tuas críticas aos cartazes:

    - «“O H não se lê mas Ora de mudar não faz sentido”. Ora bem, eu penso que é hora de mudar, não sei se me entendem, mas para melhor.» - isto não me parece que seja uma crítica. A lista H achava que podia mudar para melhor, assim como tu também achavas que a O era a melhor. Acho que o slogan está bem feito, sinceramente...
    - “Um dia os alunos ajudar-se-ão” - ok, ok... este esqueçam xD
    - “Hrra-te a nós” - como sabes os slogans têm como função principal chamar a atenção para a ideia em causa. Ao criticares o facto de não existir o verbo "Hrrar" estás em primeiro lugar a dar razão ao que digo e a comprovar que, realmente, fez efeito em ti. Em segundo lugar, para o criticares também o deverias fazer com tantos outros grupos que fazem uso deste fenómeno fonético associado a algumas letras ou palavras: os U2 são os U2 e não os "you too"; não há nenhum verbo "wortar", no entanto toda a gente conhece o "Worten sempre!". Acho que é uma crítica só mesmo para que se tenha algo para atacar a lista contrária.

    Mas como tu dizes, «os valores não se vêem através das palavras, mas através de actos», por isso todas estas críticas valem o que valem. Quanto aos actos, como sabes, nada posso dizer porque não estive na escola nesse ano.

    Mas passando essa parte que obviamente seria a mais relevante mas da qual não tenho conhecimento...

    É óbvio que a tua visão das listas nunca pode ter sido absolutamente imparcial. É óbvio que ias ficar do lado da lista dos teus amigos, das pessoas que convivem contigo todos os dias e com as ideias das quais, obviamente, te identificas mais. Desta forma, acho que é um texto que peca um pouco por abusares desse lado de que eras alguém a ver as coisas de fora e de forma imparcial, que apenas se limitava a escolher uma das listas com base nos cartazes e nas atitudes. Quer queiras quer não, tanto tu como eu sabemos que estiveste sempre na lista O. Mesmo antes de o teres decidido em consciência.

    Por último deixa-me só dizer-te mais uma coisa: se eu tivesse votado e se ainda andasse no Dona Maria, obviamente que teria optado pela lista O, tal como tu. Porque era com esse grupo de amigos que mais me identificava na altura, porque era com eles que passava grande parte do meu tempo. Porque confiava mais neles do que nos outros. É normal, acho eu. Afinal de contas são os meus amigos e é neles que tenho confiança. Este último parágrafo é só para que percebas que não critico a lista O, mas sim o modo de criticar a H ;)

    Soube que a O ganhou. E eu, em casa, festejei ;)

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  2. Mau-r-à-dona, não fui eu que escrevi isso! Eu só o passei para o computador, para recordação! Isto foi um manifesto anónimo que correu o Infanta, no ano passado!

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  3. Eu sei quem escreveu! Mas não digo..
    Ainda me lembro do Beto dizer: "Fogo quem escreveu isto é um génio!" AHAHAH

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