Caros Portugueses,
venho-vos apresentar os três Gloriosos. O primeiro é a minha pessoa. Vim para cá escrever, por causa de um convite do Magnifique há muito tempo e como esse parvalhón está de férias e a stupida da Pata não escreve, claro está que vim animar o blog com a minha fantástica presença.
Estou agora com a minha mulher e os meus filhos e claro está com o meu chien, Eric Cantona (cuidado que ele morde). Eu tenho 43 anos e vivo no Luxembourg há uns anitos por isso viemos na air france até Lisboa e alugámos um mercedes para vir cá para baixo, c'est bien.
Mas já chega de falar das minhas férias, fica para depois. Eu vim escrever por causa do glorioso Cristiano Rónaldo que foi para o Real e falar daquela apresentação digna dele. Foi soberba! 85 mille pessoas, mon Dieu! e quando estavam a tocar os Xutos, eu pensei, 'ah non, ça n'est pas possible', mas eram eles! estava era à espera que a SIC os mostrasse mas não os mostrou. Quando voltar ao Luxembourg vou ver se alguém lá do club gravou, porque aposto que a TV5 os mostrou.
Melhor, melhor, só se ele fosse pó Glorioso! Aí sim! De águia ao peito é que ele ia mostrar o verdadeiro valor dele e do Benfica àqueles galegos que andam aí nas corrupções do futebol português!
Enfin, agora vou a Vilamoura, mas antes vou levar os meus filhos a tomar banho, que vamos jantar lá àqueles restaurantes geniais e depois devemos dar uma passeio a ver os iates.
xau,
Tó-Zé Oliveira
domingo, 26 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
I am not here, well, probably.
I'm here, but I'm not here. I'm not here just because there is a probability of me not being here. If there is a chance then I'm probably not here.
Yet, the probability of my presence here will reduce even more, because I'm probably going to somewhere, probably Algarve, probably somewhere. Yes, definitely maybe somewhere. I can't say for sure, there are odds against me. But I'll surely come back probably by the end of the summer to probably post something in here. Maybe something in the middle of holidays, who knows. Well, I can't be sure, there is probability in everything.
It's just Physics, you know?
Yet, the probability of my presence here will reduce even more, because I'm probably going to somewhere, probably Algarve, probably somewhere. Yes, definitely maybe somewhere. I can't say for sure, there are odds against me. But I'll surely come back probably by the end of the summer to probably post something in here. Maybe something in the middle of holidays, who knows. Well, I can't be sure, there is probability in everything.
It's just Physics, you know?
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Pressão
Pressão. É o que existem mais hoje em dia, mas não existe uma cadeira para ela. Devia. A única coisa que vi parecida com isso foi um exame de uma espécie qualquer de emergência em que os supostos futuros médicos teriam de lidar com a urgência. Será óbvio dizer que chumbariam se o doente morresse.
Cada vez mais temos de lidar com ela, a pressão.
Não aguentam a pressão dos exames? É muito pesada?
Não aguentam a quantidade de matéria? Ou terem de estudar com uma ressaca impossível?
Então como vai ser o vosso futuro?
Se agora é muito pesado e não aguentam, como é que vão aguentar quando, vocês, futuros advogados, tiverem nas mãos um caso que é mais provável que percam do que ganhem?
Como vai ser quando, vocês, futuros informáticos tiverem de criar um programa em menos tempo do que o que realmente têm?
Como vai ser quando, vocês, fututos economistas e gestores, estiverem na gestão de uma empresa que tem os trabalhadores prestes a entrarem em greve, ou que tem momentaneamente falta de stocks, ou mesmo, como não são raros os casos, em que a vossa empresa esteja prestes a entrar falência?
Como vai ser quando, vocês, futuros médicos, tiverem nas vossas mãos um doente prestes a morrer?
Acham que aí a pressão vai ser menor? Acham que aí vão conseguir aguentar com ela?
Não se iludam, aprendam a lidar com ela.
Cada vez mais temos de lidar com ela, a pressão.
Não aguentam a pressão dos exames? É muito pesada?
Não aguentam a quantidade de matéria? Ou terem de estudar com uma ressaca impossível?
Então como vai ser o vosso futuro?
Se agora é muito pesado e não aguentam, como é que vão aguentar quando, vocês, futuros advogados, tiverem nas mãos um caso que é mais provável que percam do que ganhem?
Como vai ser quando, vocês, futuros informáticos tiverem de criar um programa em menos tempo do que o que realmente têm?
Como vai ser quando, vocês, fututos economistas e gestores, estiverem na gestão de uma empresa que tem os trabalhadores prestes a entrarem em greve, ou que tem momentaneamente falta de stocks, ou mesmo, como não são raros os casos, em que a vossa empresa esteja prestes a entrar falência?
Como vai ser quando, vocês, futuros médicos, tiverem nas vossas mãos um doente prestes a morrer?
Acham que aí a pressão vai ser menor? Acham que aí vão conseguir aguentar com ela?
Não se iludam, aprendam a lidar com ela.
Manuel Pinho
Já há muito que andava a tentar escrever alguma coisa sobre Manuel Pinho, mas nunca saia, o que eu queria falar. Primeiro, porque, apesar do acto reprovável, só é chocante para quem não observa, assiduamente, a Assembleia da República. Segundo, porque, um bom ministro foi expulso por não ter estaleca política. Ontem estava a ler o jornal e li muito do que pensava, por isso, peço desculpa por não ser meu, mas aqui vai:
"O gesto foi reprovável e a sequência inevitável. Haverá como atenuantes, o cansaço acumulado e sobretudo a falta de anos de treino parlamentar, onde se aprende a provocar, insinuar e insultar na fronteira do inaceitável, mas sem nunca a ultrapassar.
Dito isto, o que fica? Um ministro que, para o bem ou para o mal, não foi igual a muitos outros e em várias dimensões.
Antes de mais, foi um 'trouble-shooter', alguém que se empenhava, muitas vezes para além do razoável e sempre até ao limite das suas forças, na resolução de um 'dossier' complicado, mas que à custa de muita preserverança, conseguiu por vezes inverter o final infeliz previsível, o que lhe dava o necessário ânimo para o 'dossier' seguinte. Na sua última intervenção à saída do parlamento, afirmou que "tinha safo mais uns postos de trabalho". Ficará como sua imagem de marca.(...)"
by António Gomes Mota, professor na ISCTE Business School, in Diário Económico.
Um ministro que ultrapassou os limites em tudo, mas, quando é para ser lembrado, ninguém se lembra daqueles que ele ajudou.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Poliexamiotite Regional
Não sou médico nenhum, muito menos especialista nesta área, mas, até eu, consigo diagnosticar esta doença na maior parte das pessoas com a minha idade: chama-se Poliexamiotite Regional.
Esta poliexamiotite regional é como um cancro, em que existe cerca de 33% de probabilidade de ele ser maligno, que é quando ocorre nas zonas balneares.
Convenhamos que, qualquer exame em finais de Junho, inícios de Julho, nos faz passar da cabeça. Quem é que quer andar a estudar numa altura em que estão mais de 30º e a começar a aparecer os turistas pela cidade? Ou andar a frequentar as cantinas, quando a quantidade de mosquitos e outros insectos mais faz lembrar um jardim zoológico, ao mesmo tempo que os jardins da associação estão à pinha? Ou mesmo não sair das mesas das bibliotecas, enquanto os nossos amigos não saem é das mesas das esplanadas?
Digo-vos: É de uma pessoa ficar doente.
Devia haver um procedimento que fizesse com que as cadeiras do segundo semestre fossem avaliadas todas por frequência para não termos de estar em exames nesta altura, porque, acreditem, encontrarmo-nos com poliexamiotite regional na zona balnear, ou do Verão, não é fácil, nem saudável dado o carácter maligno do cancro.
As enchaquecas, a falta de sono, as falhas de memória, a prisão de ventre ou mesmo a dor de cotovelo, são sintomas comuns desta doença, por isso, tenham cuidado e, se por acaso os tiverem, vão imediatamente ao centro de saúde ou hospital mais próximo e procurem aconselhamento do médico. Diagnóstico tardio pode traduzir-se em grande diminuição da esperança média de vida.
Por norma, a cura para esta doença é desistir da época de exames e atirarem-se de seguida a uma boa água do mar, que, com as suas propriedades reestruturativas e de absorção de toxinas, restaurar-vos-á o corpo e espírito. Palavra de economista!
Esta poliexamiotite regional é como um cancro, em que existe cerca de 33% de probabilidade de ele ser maligno, que é quando ocorre nas zonas balneares.
Convenhamos que, qualquer exame em finais de Junho, inícios de Julho, nos faz passar da cabeça. Quem é que quer andar a estudar numa altura em que estão mais de 30º e a começar a aparecer os turistas pela cidade? Ou andar a frequentar as cantinas, quando a quantidade de mosquitos e outros insectos mais faz lembrar um jardim zoológico, ao mesmo tempo que os jardins da associação estão à pinha? Ou mesmo não sair das mesas das bibliotecas, enquanto os nossos amigos não saem é das mesas das esplanadas?
Digo-vos: É de uma pessoa ficar doente.
Devia haver um procedimento que fizesse com que as cadeiras do segundo semestre fossem avaliadas todas por frequência para não termos de estar em exames nesta altura, porque, acreditem, encontrarmo-nos com poliexamiotite regional na zona balnear, ou do Verão, não é fácil, nem saudável dado o carácter maligno do cancro.
As enchaquecas, a falta de sono, as falhas de memória, a prisão de ventre ou mesmo a dor de cotovelo, são sintomas comuns desta doença, por isso, tenham cuidado e, se por acaso os tiverem, vão imediatamente ao centro de saúde ou hospital mais próximo e procurem aconselhamento do médico. Diagnóstico tardio pode traduzir-se em grande diminuição da esperança média de vida.
Por norma, a cura para esta doença é desistir da época de exames e atirarem-se de seguida a uma boa água do mar, que, com as suas propriedades reestruturativas e de absorção de toxinas, restaurar-vos-á o corpo e espírito. Palavra de economista!
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Férias
Estou sentado, a olhar para o céu. Está azul. Perfeito. Está calor. Perfeito. Levanto-me e vou dar uma volta. Vejo as pessoas a tomar um banho na água. Vejo as crianças a brincar com uma bola, outras com um disco. Finalmente, de férias. Agora sim, vou descansar. Ler o que eu quiser, dormir o que eu quiser, fazer o que eu quiser, durante dois meses e meio. Aproveitar uma semana com os meus pais apenas para relaxar e tomar de novo o sabor da praia. Ir a Paredes e apanhar o sabor da música e daqueles com quem já não estou há uns meses. Ir à Figueira e inalar aquele velho cheiro a mar que arduamente resiste neste país, voltar a ver velhos conhecidos, fazer vida noctívaga, mas não a de exames, a outra, aquela mais divertida. Ir à praia de Mira para ir ter com os velhos. Enfim, curtos dois meses e meio de férias que vou ter para descansar destas duas semanas.
Enfim, já chega de divagar, vou-me voltar a sentar na esplanada das docas com os meus amigos e amigas. Apresento-vos já: Pessoal, estes são os livros, livros, este é o pessoal. Pessoal, estas são as folhas, folhas, este é o pessoal.
Acabaram os cinco minutos de intervalo. Que merda. Devia mudar o título para "Férias ao fundo do Túnel". Estou de férias, mas ainda me faltam dois exames. Acabei hoje um. Ah, e afinal são só dois meses de férias, se não forem menos.
Enfim, já chega de divagar, vou-me voltar a sentar na esplanada das docas com os meus amigos e amigas. Apresento-vos já: Pessoal, estes são os livros, livros, este é o pessoal. Pessoal, estas são as folhas, folhas, este é o pessoal.
Acabaram os cinco minutos de intervalo. Que merda. Devia mudar o título para "Férias ao fundo do Túnel". Estou de férias, mas ainda me faltam dois exames. Acabei hoje um. Ah, e afinal são só dois meses de férias, se não forem menos.
Coral do Cifrão
Era uma vez o Coral Quecofónico do Cifrão, a tuna da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Perdão, a melhor tuna da Universidade de Coimbra. Pode não ser a melhor em termos musicais, nos quais somos relativamente cilindrados pela TMUC (por enquanto), mas em espírito, somos, sem dúvida a melhor que há. A receita, essa, não é difícil: primeiro, mais que tudo não pensem que fazem parte de uma tuna, pensem que fazem parte de uma família; segundo, sejam parte dessa família; depois, para dar um ar de tuna à coisa, bebam que nem uns animais e aprendam a tocar qualquer coisa. Sigam os tópicos descritos e terão alguns dos melhores momentos da vossa vida.
Como disse faço parte do Coral do Cifrão. Não é um grupo melhor de amigos do que os outros que eu tenha. É diferente, e isso torna-o assustadoramente atraente. Comecei a percorrer um percurso que só há pouco tempo tinha sonhado, quando fui no terceiro dia das matrículas, uma quarta à noite, a um ensaio na magnífica sede/sala de ensaios/sala de bubadeira mais conhecida por garagens da FEUC. Comecei mal, pessimamente diria eu, não acertava com o passo, mais tarde não acertava com a pandeireta; comecei aí a ser bem praxado. Depois do ensaio fomos ao Madeira e ouvi aí o assustador discurso, do, não menos assustador e não menos cigano, Góis II. Conheci mais personagens, sem dúvida também marcantes, como o Tiago Louro, o Macho, o Siopa e, principalmente, o Ricardo. ahahah, nao era eu, era o outro, o Valentim. Nessa noite fiquei com o nome de Bzatanight Night Bitraizen com Bzatapan um bocadinho de Bziriri e uma beca de Bzararan. Fiz a minha primeira pega de touros com o Macho. Foram entrando pessoas, o Carocha, o Figueiredo, o Careca e o Vieira e o Mike. O resto continua numa bola feita de encruzilhada de memórias e situações que ainda não consegui desentranhar continuando numa amálgama. Talvez um dia, se separe e me permita aqui relembrar tudo.
Fui aprendendo que existem personagens fantásticas e hilariantes (parte da tal parte da diferença que atrai) e que ninguém se importa com as diferenças entre cada um - não Mike, ainda assim, não nos podes matar a todos, nem fazer crescer castanheiros no cú (ai de ti).
A história devia ter seguimento, para poder chegar ao fim, mas não lhe posso dar esse seguimento, dado que, como disse, não tenho palavras para ele, e não posso chegar ao fim, porque, espero eu, esse só chegue quando eu próprio chegar ao fim.
Assim, continuo cada vez mais a gostar das músicas, a amar cada vez mais o espírito, das pessoas que o constituem e, por isso, digo: não, o Coral não há-de morrer, pelo menos tão cedo.
Como disse faço parte do Coral do Cifrão. Não é um grupo melhor de amigos do que os outros que eu tenha. É diferente, e isso torna-o assustadoramente atraente. Comecei a percorrer um percurso que só há pouco tempo tinha sonhado, quando fui no terceiro dia das matrículas, uma quarta à noite, a um ensaio na magnífica sede/sala de ensaios/sala de bubadeira mais conhecida por garagens da FEUC. Comecei mal, pessimamente diria eu, não acertava com o passo, mais tarde não acertava com a pandeireta; comecei aí a ser bem praxado. Depois do ensaio fomos ao Madeira e ouvi aí o assustador discurso, do, não menos assustador e não menos cigano, Góis II. Conheci mais personagens, sem dúvida também marcantes, como o Tiago Louro, o Macho, o Siopa e, principalmente, o Ricardo. ahahah, nao era eu, era o outro, o Valentim. Nessa noite fiquei com o nome de Bzatanight Night Bitraizen com Bzatapan um bocadinho de Bziriri e uma beca de Bzararan. Fiz a minha primeira pega de touros com o Macho. Foram entrando pessoas, o Carocha, o Figueiredo, o Careca e o Vieira e o Mike. O resto continua numa bola feita de encruzilhada de memórias e situações que ainda não consegui desentranhar continuando numa amálgama. Talvez um dia, se separe e me permita aqui relembrar tudo.
Fui aprendendo que existem personagens fantásticas e hilariantes (parte da tal parte da diferença que atrai) e que ninguém se importa com as diferenças entre cada um - não Mike, ainda assim, não nos podes matar a todos, nem fazer crescer castanheiros no cú (ai de ti).
A história devia ter seguimento, para poder chegar ao fim, mas não lhe posso dar esse seguimento, dado que, como disse, não tenho palavras para ele, e não posso chegar ao fim, porque, espero eu, esse só chegue quando eu próprio chegar ao fim.
Assim, continuo cada vez mais a gostar das músicas, a amar cada vez mais o espírito, das pessoas que o constituem e, por isso, digo: não, o Coral não há-de morrer, pelo menos tão cedo.
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